Costumo dizer que nasci gremista e tenho referencias fortes de gremistas ao meu redor , a maior e mais importante delas é a minha mãe.
Mulher humilde que veio do interior ainda muito jovem para trabalhar em casa de família. Aqui fez amigos e conheceu o clube que seria a sua paixão. Lembro de todas as histórias que ela conta com orgulho do que viveu no Olímpico, de meu avô de criação Gilberto que ia cedo para guardar os lugares porque ainda não existia o anel superior e ela ia mais tarde com o almoço para eles ou dela contar que sempre tinha que ficar perto do banheiro e da lanchonete, porque eu sempre queria todos os lanches 😅😅
Em 1983 estávamos eu e ela no Olímpico assistindo Grêmio x Penharol. Lembro de chorarmos abraçadas nos gols lembrando do meu avô que não estava mais entre nós, e de não termos mais ônibus para voltar para Guaíba, hoje Eldorado do Sul e descermos ali na PRF e eles nos levarem para casa. Que aventura!
Os anos foram passando, eu crescendo e vivendo outras coisas, mas sempre gremista.
Deixei de viver o Grêmio por alguns anos, somente acompanhando pela TV, mas me mantinha informada, mesmo que sem me envolver diretamente, como se estivéssemos de relação cortadas.
Então veio o ano de 2010 o Renato voltou para o Grêmio e uma sensação de que eu também precisava voltar pra casa me despertou. Me associei, associei minha mãe e não mais ela que me levava pela mão aos jogos, agora eu que a levava, que segurava sua mão, que comprava os lanches, eu que cuidava dela. Voltei a viver o Olímpico e o Grêmio com a intensidade de criança.
Entrei para o NMG, viajei pelo interior acompanhando os jogos do charmoso gauchão, íamos ver os treinos sempre que possível (antes tínhamos esta facilidade) chorei como se estivessem arrancando um pedaço de mim na despedida do Olímpico, chorei na colocação da pedra fundamental da Arena, porque nós estávamos lá e na inauguração da Arena apertada entre 60 mil pessoas chorei ainda mais e vivi aquele momento histórico com todas as minhas forças. Gente.... que estádio é este! Nossa casa não deixa nada a desejar a nenhum estádio do mundo a fora.
E hoje eu vivo este amor descontrolado por este clube e suas cores 24 horas por dia, 7 dias por semana. Seja a frente do consulado feminino ao qual sou consulesa, seja nas mídias sociais ou fazendo trabalhos sociais em nome do nosso Grêmio.
Eu sigo a risca a famosa frase do nosso querido presidente Hélio Dourado "Sirva o Grêmio e nunca Sirva - se do Grêmio".
Obrigada meu amor em azul, preto e branco por tantas alegria e por me proporcionar viver o o teu dia a dia tão intensamente.
Parabéns pelos 118 anos de Glórias!
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